quarta-feira, 5 de setembro de 2007

LAR DOCE LAR: A abertura, primeiro e segundo dia

Consiste numa simulação de um lar (e seus apáticos habitantes), circulado por grades, com gaiolas de passarinho contendo aparelhos de cd, onde ouve-se a canção\tema que faz parte da obra.

Conheça Cow Bees em: www.cowbees.com

Ouça LAR DOCE LAR em: www.cowbees.palcomp3.com.br

Texto escrito a quatro mãos, por Cow Bees.

Segunda-feira, 27 de Agosto de 2007.

A ABERTURA

Desconforto.

Enjaulados.

Observados.

Que atitude adotar?

Que postura manter?

Desconforto de estar exposto.

Felicidade pela exposição.

Ansiedade. Irão gostar?

E se não, que bom! Como gostar de grades? Como gostar de prisão?

São 21h15min. As reações são muitas e muito diferentes. Olhos nos buscam, nos despem. Sorrisos.

Entrevistas para a mídia. TVE e RBS. Obrigada pela força!

A LUZ SE FOI! A primeira adversidade! ...Percebo que precisaremos também de um aspirador de pó... O técnico trouxe a luz de volta em segundos. Ufa. O técnico dentro da jaula e cenas que não imaginávamos vão surgindo...

E a cada pessoa que chega, o trabalho passa a existir um pouco mais e sempre diferente...

Foi quase impossível não interagir com o público como havíamos planejado.

As perguntas vão surgindo:

“Por que eles estão presos?” Perguntam as crianças.

“Podem ser alimentados?”

“Pode fotografar?”

Muitas, muitas pessoas escutam a música dos fones...

O shopping vai esvaziando até quase não haver mais ninguém.

Estamos exaustos.

Terça-feira, 28 de Agosto de 2007.

PRIMEIRO DIA

Estou sem o Beto, que foi dar aula e já volta.

Sozinha é muito mais difícil ficar exposta.

A primeira reação do dia: um sorriso.

Seguranças armados passam pela grade, nem olham, segurando suas armas, tensos. Carregam malotes. O shopping é um ambiente desconfiado. Combina muito com a nossa proposta.

Ouço as vozes das vendedoras.

Os comentários dos passantes são variados:

“Vida boa, hein?”

O público estranha... O inesperado de ver uma jaula no meio do shopping, neste espaço que provavelmente conhecem bem.

Passam longe das grades. Longe dos fones de ouvido. Quando levanto o olhar, desviam o deles. Parecem gatos assustados.

É muito difícil comer sendo observado! Não há para onde correr... Atrás, a escada rolante, na frente, as lojas.

Poucas pessoas se aproximam, percebo que estão curiosas, mas olham de longe.

A primeira hora passou tensa, sem aproximação alguma. Minhas mãos transpiravam sem parar.

Liguei a tv. Volume baixo, mas mesmo assim o segurança veio pedir que tirasse o volume.

É estranho estar aqui neste momento, dando um pedaço da minha vida para gerar esta estrutura, esta imagem viva... Uma idéia concretizada... Gerando agora mais idéias e questionamentos, tomando forma, formas que nem eram previstas.

11h07min

A primeira pessoa a assinar o livro no dia.

11h08min

Uma segunda pessoa coloca os fones.(Sério e concentrado.)

É quebrado o gelo.

Percebo que eu também fujo meu olhar dos olhares. Evito olhar em volta. É tão difícil para mim quanto para eles esta interação. Um nascimento de uma relação entre desconhecidos.

Observar as pessoas através da grade, no andar de baixo, é muito interessante. E, quando dou as costas para as pessoas que estão passando, elas se aproximam mais. Riem e dançam escutando a música! Balançam a cabeça, concordando com a letra.

Perdi definitivamente a conta dos visitantes\ouvintes...

Ouço um comentário:

“O que leva uma pessoa a parar a sua vida para estar aqui? Sentada no meio do shopping, dentro de uma jaula?”

...Fico pensando. O que leva um artista a criar?

Moramos em casas que mais parecem jaulas... Vivemos com medo... Uns atrás das grades em casa... Outros presos de fato. Como fica a vida neste contexto? Como fica a arte, que ao longo dos tempos foi o reflexo da sociedade?

E nossos pensamentos, sentimentos, idéias, ideais?

Não estão também aprisionados?

Quem são as maiores vítimas? Os que se protegem atrás das grades, ou aqueles dos quais se protegem?

Desconforto...

Ok... Conforto demais pode desequilibrar: a mente e o corpo ficam mais lentos e com dificuldade de assimilar coisas novas.

15h47min

Observo um pico do movimento.

As pessoas se aproximam mais. Terá a minha atitude modificado em relação à manhã? Ou as pessoas que vão ao shopping à tarde são mais dispostas e disponíveis?

Querem conversar, não resistem a me fazer perguntas sobre o trabalho. Também não resisto, acabo respondendo, e o trabalho se transforma. Como fugir?

Querem também desabafar, querem dizer que também se sentem inseguras, que suas casas também são cheias de grades... Escuto.

Ouço, sobre o trabalho: “Crítico, ácido”.

Algumas pessoas não conseguem esperar o primeiro trecho da música, que é cantarolado e, ansiosas, desligam o aparelho: “Ah, não é nada, é só um LA LA LA...”

O cantarolar inicial dura apenas 20 segundos! Não é surpresa a ansiedade atual, sintoma da enxurrada de informação à qual somos expostos mas, vista assim, escancarada, dói mais. É uma pena ver que tudo poderia ser mais “sentido” e saboreado se nos permitíssemos.

Impossível não registrar a visita de Tarcísio Meira Filho e Glória Menezes... Que ouviram a música e quiseram saber mais do trabalho, até serem descobertos por fãs.

Seria interessante um gravador para captar certas opiniões das pessoas, sobre governo, segurança... Uma senhorinha se aproxima da grade e me pergunta: “Mas de quem tu achas que é a culpa?”

Culpados? ...Como culpar alguém por uma ferida na sociedade? Somos todos culpados...

Mais celebridades na porta do LAR DOCE LAR, desta vez portoalegrenses: Alfredo Nicolaievski e Paulo Gomes. Sugestão do Alfredo: arames farpados. Tá anotado. E o trabalho vai se construindo a cada minuto.

Um dos momentos mais interessantes do dia: pintar as unhas. Dediquei-me à tarefa e, que surpresa! Várias pessoas pararam em frente à grade para olhar...! Foi um momento mágico, onde senti o jogo do teatro acontecer.

O amigo, fotógrafo e apoiador incondicional Jener Gomes aparece, encenando um entregador americano, com um inglês invejável e um pacote muito esperado: o notebook!!! Participando da obra, criando um personagem, entrando no jogo... Obrigada, sempre! ...Nenhuma loja quis emprestar um notebook, agradecemos ao Flávio Vietta pela gentileza!

“Mãe, que loja é essa???” Ouço de uma menina que passa.

“Não sei!” Responde bruscamente a mãe apressada, dando um puxão na filha, que olhava a grade.

Em outro momento, uma outra mãe, vê a curiosidade da sua filha e explica:

“Viu nenê? Essa é uma obra de arte, se chama LAR DOCE LAR, é uma ins-ta-la-ção! Bacana, né?”

E a criança, com os olhinhos brilhantes: “A-han!”

O Beto chega e já vem fazendo poesia:

Da mediação B:

Venham todos, todos!

Mediadores da Bienal

Lojistas, faxineiros e seguranças

Aproximando o público da Arte atual

É bom imaginar-se um personagem nessa situação. É bastante opressivo emocionalmente sustentar uma expressão de sentimento nulo, uma certa indiferença necessária por vezes para manter a performance. A interação com a Cláu, sem podermos ser nós mesmos, dói. Imagino que os atores estudem tanto para despir o ego e conseguir ser outros. E então se libertar. Algumas prisões são armadilhas do ego...

E mais uma reação: uma pessoa assobia um trecho da melodia. Curiosamente, quem assobia essa canção nunca assobia o refrão, mas sim a ponte.

Quarta-feira, 29 de Agosto de 2007.

SEGUNDO DIA

10h23min

Sim, definitivamente, as manhãs são mais tranqüilas do que o restante do dia no shopping.

As pessoas passam mais apressadas pelo nosso LAR DOCE LAR, e poucas param para ver ou ouvir nossos cds\passarinhos.

Estamos reaprendendo a viver, aqui dentro... Por mais estranho que possa parecer. Uma das mais importantes descobertas é baixar totalmente o ritmo. Tudo é feito devagar, aproveitado ao máximo, para fazer com que estes dias sejam significativos. Tudo vira poesia quando se está atento. O casaco do Beto na cadeira, ao lado da grade, com lojas e passantes ao fundo, de repente, é bonito. Os olhos acostumados a correr, correr, correr, se re-acostumam a simplesmente olhar. Um espectador comenta que as grades já são um “absurdo normal” na vida da gente. Sim. É isso. Nas casas, nas mentes, nos corações.

O telefone toca e é nossa grande amiga Bibs... Um pouco de conversa e estamos emocionadas, declarando nosso amor uma pra outra, falando de inspiração, de arte, de ter coragem de fazer as coisas que desejamos, de mostrar o que sentimos, de sermos nós mesmos. A opressão de estar nestas grades está libertando nossos corações. Talvez porque estejamos vivenciando arte e essa experiência torna tudo mais sensível.

Hoje a regra é falar o mínimo possível com os espectadores. É proibido mediar.

Mais um espectador chega, ouve os primeiros 20 segundos, e não dá chance para a letra da canção começar. Que engraçado seria se Gil tocasse a canção Palco e o público se retirasse na vocalização inicial.

Estamos lendo:

“A revista para quem tem um alto padrão de vida”.

Desfilo de pijama pelo shopping para ir ao banheiro. Um tip-top verde, xadrez, nada discreto. Incômodo geral... Umas pessoas sorriem pra mim, outras fingem naturalidade. Talvez pensem que estou lançando moda... Ouço: “Queria um emprego destes pra mim!”

...

Que delícia ouvir as pessoas rirem quando escutam a canção...

Que delícia ouvir de uma senhora: “Que alegria vir aqui de manhã e encontrar vocês, assim, aqui, num trabalho tão belo, que bom saber que tem gente que pensa como a gente!”

E uma moça vir dizer: “Parabéns, normalmente eu não gosto de instalação, mas adorei a de vocês!” ...Ah, pára, quem não ficaria feliz com um comentário desses sobre o próprio trabalho?

Nossa tentativa de não falar com o público nem sempre dá certo... E essa é uma característica que está definindo este trabalho... Por vezes, ele é quem dita as regras, não temos total controle de nada. E isso é muito interessante. Um homem chega à grade e pergunta se podemos falar. Digo que normalmente não falamos, mas poderíamos falar com ele. Inicia uma conversa sobre arte que durou quase duas horas. Filosofia pura, arte contemporânea, sociedade. Os motivos que nos levaram a estar com este trabalho e não qualquer outro. Uma conversa que gostaríamos de ter gravado.

Acabamos conversando sobre o que não gostaríamos de conversar, ou seja, sobre o trabalho, já que pensamos que não podemos explicá-lo para não privar as pessoas das suas próprias interpretações. Compreendemos que o LAR DOCE LAR não poderia ser diferente, de forma alguma. Surgiu de uma inquietação com o tema, que virou melodia, depois letra, depois canção, depois a obra materializada. O motivo de ter a forma que tem é o reflexo do que vivemos. Para passar o que gostaríamos de passar, neste momento, é assim que idealizamos e é assim que está, de fato, comunicando. Ironizando a tranqüilidade com que todos nós lidamos com assuntos que deveriam nos preocupar, ironizando a sociedade do espetáculo. Nosso trabalho não existiria se não fosse exatamente como é e onde está. E o melhor, está se transformando e agregando coisas totalmente inesperadas. Cá estamos, são 14h30min, o shopping está cheio (de pessoas e de obras de arte!) e estamos conseguindo expressar algo para alguém, através da arte, isso é o que importa.

Enquanto o Beto joga vídeo-game, eu escrevo. A cena deve ser bem interessante para quem passa. O retrato da conteporaneidade: o casal lado a lado, cada um no seu mundo tecnológico.

...Dividimos um sonho de doce de leite delicioso, aos olhos curiosos dos passantes, depois lambemos os dedos. Ninguém lambe os dedos, afinal? A-han... Vou fingir que acredito.

15h30min. Sim, está descoberto o horário de maior movimento do shopping, para quem possa interessar. Os fones de ouvido estão sempre ocupados.

Olhar em volta é muito interessante!

Moça desengonçada se equilibrando no salto finíssimo e altíssimo; funcionários de uniforme; senhorinhas lindas, arrumadíssimas para passeio; pessoas com pressa; pessoas sem pressa alguma; bandeiras coloridas da Bienal B; a obra gigante do artista Zupo; o elevador com o trabalho do coletivo de artistas Pelos Muros... O shopping adotando a arte!

Som do elevador; sons de celulares; um segurança fala no walkie-talkie; senhoras conversam. E um burburinho permanente ao fundo, com cheiro de café e sabonete.

Nossos sentidos estão em constante ebulição.

Pergunta de um espectador: “Vocês não vão sentir falta do tempo que estão perdendo aí dentro?”

...

A fome apertando e, bem na hora em que íamos comer, chega um pessoal do jornalismo da PUC, querendo fazer uma entrevista. Coisas da “vida pública”. Esperamos que o ronco das nossas barrigas não apareça na reportagem.

Almoçamos com “pompa” no nosso LAR DOCE LAR pela primeira vez... Comida de verdade! Depois de dois dias de lanches... (Compramos com o nosso dinheiro. Nenhum comerciante do ramo alimentício apoiou nossa causa. Mas para a realização da obra tivemos o apoio da CABURÉ SEGUROS e da NAFTALINA BRIC. A CHILLI BEANS também nos apoiou, cedendo acessórios - óculos e relógios). É preciso citar e agradecer empresas que acreditam na arte. Obrigada! Aproveitando para agradecer também aos amigos que emprestaram móveis: Fernanda Barroso e Rogério Pessoa! Sem vocês estaríamos perdidos!!! E ao Jener Gomes, que conseguiu este lap top no qual escrevemos, com seu colega Flávio Vietta. Obrigada, amigos!) A união fez a arte!

...Um detalhe: almoçamos às seis da tarde! O tempo é estranho aqui dentro! Foi estranho comer com as pessoas olhando... Pequenos lanches são mais fáceis.

18h

Fila nos fones de ouvido!

“Tô aqui por que é de graça!” – Um comentário de um espectador com os fones de ouvido, pensando que falava baixo. Que bom que nem tudo é pago nessa vida!

“Que loucura essa música!”

18h52min

Já é noite e escrevo. É só olhar para cima e ver o escuro sobre o teto de vidro.

Escovar os dentes no banheiro do shopping virou coisa normal.

Hummmm... Não estaria na hora de vestir o pijama?

Pessoas passam e passam e passam e passam e passam e passam e passam...

O efeito exposição é interessante. Algumas pessoas passam a nos tratar como velhos conhecidos. Se estamos comendo, fazem comentários amistosos, como: “Ah, que delícia deve estar este sorvete!” E este tratamento é muito agradável, faz questionarmos o porquê de não nos tratarmos assim na vida cotidiana. O porquê do afastamento das pessoas. Na verdade, sabemos que vivemos um momento muito diferente disso, numa capital onde tudo é muito impessoal... Mas esta proximidade das pessoas traz uma sensação muito reconfortante e que gera uma nostalgia de um tempo que nem sei se vivemos...

Está muito frio. São 21h15min. O movimento caiu significativamente no shopping. Mas não na nossa CASA...

Estamos numa obra viva, que tem suas vontades e age de acordo com o espectador. Quando estamos calados, o trabalho acontece de um jeito. Quando as pessoas nos procuram, nos propõe algo, é como um jogo, que se modifica e adapta ao jogador. Das duas formas o jogo acontece.

O que faz com que as pessoas perguntem, é o local. Não esperam encontrar uma obra de arte no meio do shopping. Se estivéssemos dentro de um museu, não perguntariam. Entenderiam que é uma obra de arte, e pronto.

2 comentários:

Jener Gomes disse...

Monstros!! Como não avisam que estão postando noticias!! O público - nem que seja o íntimo ou artístico - quer saber de vocês, das sensações e idéias, e dos preciosos e ricos relatos!! Estou com saudades!
É tri contra-mão esse lugar aí para mim, mas voltarei.


Sobre o que vocês escreveram:


Uma coisa a pensar: Tu não tem que buscar ter privacidade, esperar não ser olhada, vocês estão lá para isso! Para serem vistos, como se ninguém tivesse os olhando. Essa é a linha principal, exceções de comportamento acontecem.
Pensem em vocês GOSTAREM de serem olhados.

Como assim, sem som?! Sem DVD?

GENTE, AGORA VOCÊS SÃO 100% ARTE!!! Arte manifesta, menifestada, atuante, interativa, instigante!


Em que tom foi feita a pergunta “O que leva uma pessoa a parar a sua vida para estar aqui? Sentada no meio do shopping, dentro de uma jaula?”, em que nível de questionamento? Posso pensar em muitas formas!

HUC! Nossos pensamentos, sentimentos, idéias, ideais, aprisionados? ARGH, SIM!
Sim, fale, é a única oportunidade das pessoas entenderem e pensarem sobre o que estão questionando.
E escute o que dirão, pois haverá relatos e idéias impressionantes, tocantes, transformadores. E não esqueçam: os mediadores da Bienal B são os próprios artistas. E quem melhor para mediar que o próprio artista??!!

Amei a mão e a criança do "...ins-ta-la-ção! Bacana, né?" "A-rram!"

AHHHH!! Saíste de pijama!!! Eu quero ver isso!!

UAU! Duas horas de conversa??!! Dez!!

Gente, vocês merecem um troféu!! Não, melhor que isso, já estão tendo!! Aproveitem o DURANTE, depois serão apenas lembranças... pensem, observem e manifestem tudo o que possam enquanto estão enjaulados, o mundo de fora é e será outro.

Várias pessoas me perguntam o quanto vocês ficam presos, o quanto fazem na jaula. Expliquei por alto, e alguém disse que noutro lugar alguém em situação similar trocava de roupa...!
Tá, o Moinhos não vai compactuar com isso, mas com este referencial vão pensando nas possibilidades.

“Vocês não vão sentir falta do tempo que estão perdendo aí dentro?” - Gente, quanto tempo vocês estão ganhando!!! Uma experiência de vida única!! Duas! Várias, tantos quantos forem os dias, tantas quantas fores as horas e os minutos!!!
Quantas pessoas estão se torcendo de inveja por não terem tido essa idéia ou estarem aí??!!

Hehehe, disponha!

Comam lautas refeições! Além de importantes, várias pessoas poderão assistir vocês comendo. Em um lar... em uma jaula. Uma jaula diária, como as nossas.


Um beijão, um abração caloroso, muita força e tudo de bom!!!
Jener

Flávio disse...

Me emocionei- com a força de vocês com a capacidade de fazer diferente, com vontade de mostrar, mostrar as pessoas como elas são, como elas podem ser, como superar momentos e pessoas, a adaptação do artista e um espetaculo a parte, assim muitos tem a oportunidade de perceber suas limitações